A Economia do Sentimento - Não tenho tempo!

Vivemos em um ciclo da história em que tudo é pra ontem, sabemos disso infelizmente, porém nada fazemos para frear essa maluquice toda!

Chamo esse período de "Economia do Sentimento"

* Se eu posso te ligar, por que envio uma mensagem?
Mas reescrevemos: "Se eu posso te mandar uma mensagem, por que vou te ligar?"
*Ao invés de convidar alguém para sair, te convido para uma "Live" - Oi, como assim?


*Começamos o namoro pelo WhatsApp, me contou uma pessoa, outra terminou com um áudio. 

*Ah, não tenho tempo para essa besteira de se apaixonar e quer saber, já passou, parte pra outra, a fila anda...

*Se quiser me acompanha, sou uma mulher ocupada mesmo, os homens de hoje são todos frouxos...
Marca na agenda!!!

*Caraca, lá vem você com dr (discutir o relacionamento), de novo - Aff!!!

*- Filho, sai desse celular e me ajuda a encontrar o meu, não o vejo desde o jantar. 
- Mãe, ainda estamos jantando. 


NÃO TENHO TEMPO!

A economia do sentimento está relacionada com tudo que tira meu "FOCO" no resultado. O resultado é ter uma vida APARENTEMENTE de sucesso!
Em pouquíssimas décadas saímos do ser, aquele que vive experiências para aquele que tem experiências e hoje somos uma sociedade que aparentemente tem essas experiências.

Nos anos 80 viajar era algo que fazíamos menos, mas esperávamos muito, mesmo que fosse um bate-volta na praia. Nos anos 90 já íamos para o exterior, era possível uma vez por ano, porém planejávamos e queríamos uma máquina fotográfica boa para registrar os momentos, íamos aos pontos turísticos e nos enchíamos de riqueza de detalhes para contar aos que ficaram.
Depois do bug do milênio, celulares e internet cumprem todo esse papel, não é tão difícil viajar pelo mundo, é possível fazer duas ou três viagens por ano e os lugares que visitamos estão nas redes sociais antes de voltarmos, ou no trip advisor, assim as lembranças das viagens são as compras e os supostos lugares de luxo que passamos, para parecer que atingimos o resultado.

"Se você não construir o seu sonho, alguém irá contratá-lo para ajudar a construir o dele."
Tony Gaskin        

Estamos vivendo no automático, quando me separei da mãe da minha filha só queria voltar a ter a vida que já tinha conquistado e garantir um "futuro" para minha filha. Naquele momento não realizei o quanto seria importante pensar, sentir o que estava acontecendo. Era momento de aprender com tudo aquilo que tinha acontecido, com minhas escolhas, com as escolhas dela, onde tinha errado, onde tínhamos errado, mas não isso era para os fracos (apesar de eu nunca ter declarado isso e aparentemente sempre fui um cara sensível, vi que não era!)!

Na economia dos sentimentos estamos deixando de viver nossos sonhos, poque já nem o sonhamos mais....




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