Descobrindo a Depressão - nós não controlamos nada!

No final de 2010, com um bom emprego, carreira reconhecida, uma família amável, amigos, me via ansioso e quase sempre tristonho. Não havia uma tristeza absoluta, porém pouco me encantava, os pensamentos eram confusos e contraditórios, resumindo não tinha prazer.

Acabava de voltar de outra cidade, por onde havia vivido cerca de 2 anos e mais uma decepção relacional amorosa, no inicio do mesmo ano. Já nesse final de ano havia restabelecido a vida, um canto para morar e até um amigo para dividir as despesas e a casa. Havia me proposto em dividir um espaço, algo que até então só tinha feito quando casado ou morando com uma mulher. Já sabia que tinham coisas, aspectos na vida, que precisava encarar.

Quando o ano começou e toda aquela onda de pensamentos positivos, meu comportamento ficou menos "não prazeroso" e as muitas crenças que construí me faziam acreditar que superaria mais uma crise interna. Como o aniversário é logo em fevereiro também atribuí ao "inferno astral" aquele estado de desanimo, até que não muito tempo depois, numa mesma semana discuti com três pessoas em diferentes locais, porém a ultima discussão chamou minha atenção: era a primeira vez que batia boca com um colega de trabalho. Não que ao longo de minha carreira não tivesse discutido, mas bater boca, discussão infantil, era a primeira vez.
Nesse dia ao chegar em casa liguei para um amigo pedindo o contato de seu psiquiatra, eram mais de 8 da noite e eu queria marcar uma consulta, só me dei conta após ligar para 2 consultórios, tamanho era meu pavor e ansiedade em iniciar o tratamento.

Sim já sabia que estava com depressão, por ser psicólogo sabia, e também por o ser adiei muito esse entendimento.

Essa foi a primeira grande descoberta, nós não controlamos nada!


Quando, enfim, fui ao psiquiatra já fui dando o diagnóstico utilizando todo o jargão médico (que eu conhecia), e ele meio espantado me pergunta, então o que veio fazer aqui, respondi, pegar a receita!
Em abril de 2011 começo a receber a medicação, para controlar ansiedade, depressão e sono. Os primeiros 15 dias são horríveis e muitos outros dias também...


A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente.


“Hoje é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde.”

O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar (e prazer).



Sinais e sintomas

·         Cansaço extremo
·         Fraqueza
·         Irritabilidade
·         Angústia
·         Ansiedade exacerbada
·         Baixa autoestima
·         Insônia (ou sono de má qualidade)
·         Falta de interesse por atividades que antes davam prazer
·         Pensamentos pessimistas
·         Pensamentos frequentes sobre a morte
·         Comportamentos compulsivos
·         Dificuldade para se concentrar
·         Problemas ou disfunções sexuais
·         Sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia a dia

Fonte: Saude Abril





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