O Tratamento - Ouvir a si mesmo, intuitivamente, espiritualmente!

Sabido o diagnóstico, iniciada a medicação, tudo resolvido. Errado!
Esse era apenas o inicio do tratamento, lembra da desorganização orgânica da tal serotonina? Era para isso que o remédio agia, me deixar controlado nas emoções e restabelecer meu "prazer".
Esse talvez seja o maior erro que o depressivo comete, vai ao psiquiatra e por lá acredita que resolverá sua doença. Infelizmente a maioria dos psiquiatras não acompanham o doente, o meu não me acompanhou, digo até, pois quando precisava voltar para definir o fim do ciclo do remédio, nessa altura sem o convenio médico ele não fez questão alguma de me receber (me dei alta, mas explico adiante).
Para a grande maioria dos médicos a doença em si é que se trata, não o doente. Se tratássemos o doente, se tivéssemos um pingo de conteúdo filosófico nos consultórios e médicos menos preocupados em ganhar dinheiro para parecerem ter algo, muito provavelmente teríamos uma sociedade muito melhor educada, lúcida, até politicamente.

Não gostaria de entrar nesse debate, mas sabe aquela história que não posso fazer nada, os políticos é que são ruins, enfim, somos todos políticos!

A não ser que você seja rico, rica, raramente o médico, a médica, te liga ou manda uma mensagem para saber como você está. No caso da depressão, psiquiatras deveriam de alguma forma te sensibilizar não só em procurar terapia, mas até indicar alguns que conheçam a doença e eventualmente até atender em conjunto (seria um sonho? Meu sonho!).

De fato meu tratamento começou por mim mesmo, claro que ser psicólogo me ajudava muito, mas confesso que nessa situação, poucas vezes lembrava que era um profissional de saúde mental. Digo que começou comigo, pois "intuitivamente" sabia que meu problema vinha da forma como me relacionava emocionalmente.

Essa foi a terceira grande descoberta: Ouvir a si mesmo, intuitivamente, espiritualmente!

Estava fragilizado e procurando respostas, pedi a Deus que me ajudasse, mas digo aos que não creem que peçam ao universo, as pedras ou ao que achar mais conveniente, mas peçam e tentem se ouvir, tentem ouvir suas próprias respostas. Eu ouvi, ainda que naquele momento tudo era muito turvo, sensivelmente decidi que queria mulheres cuidando de mim. Hoje parece simples dizer as mulheres são mais sensíveis, era justamente o que precisava, sensibilidade e ampliação de sentimentos.
Encontrei a (Se ela permitir) pela internet, não queria voltar aos meus antigos terapeutas, nem pedir indicação, na minha cabeça precisava de tudo novo, intuitivamente queria alguém que tivesse algo a ver comigo, uma formação mais eclética, quem sabe ligada as artes e não muito mais velha, nem mais nova que eu. Graças a esse direcionamento encontrei a (Se ela permitir), com quem até hoje troco minhas experiencias e recebo seu excelente trabalho.

Enfim, tratamento médico, terapia, tudo resolvido. Errado de novo!
Nesses momentos, temos uma doença de alma, que precisa ser cuidado pelas três áreas: Corpo, Mente e Espírito!

Essa é sempre a grande dificuldade, é mexer numa área de fôro muito íntimo: Espiritualidade!
Muita gente confunde espiritualidade com religiosidade, são coisas próximas, mas não são a mesma coisa, por isso tem nomes diferentes. Mesmo os ateus vivenciam experiencias espirituais sem a chamarem de crença religiosa, ou dão credito a um Deus ou uma divindade. A espiritualidade faz parte das sensações, emoções, experiencias que vivemos sem conter uma explicação. Hoje a ciência credita à espiritualidade diversos fenomenos em amplo movimento.

Para mim facilitou muito, pois sou cristão e sempre fui muito ligado aos estudos da espiritualidade e religiões, assim meu passo foi contar com uma força maior que eu, e acreditar que aquele momento da minha vida me faria uma pessoa melhor.  Para mim, minha fonte é Deus!

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